por Mauricio Grego
Uma pergunta frequente que recebo de leitores da INFO é se vale a pena migrar para o Windows 7 de 64 bits ou é melhor ficar com o de 32 bits. Obviamente, essa pergunta não se aplica a micros que não são compatíveis com o Windows 7 x64, como os netbooks. Os testes que fizemos no INFOLAB indicam que, nas máquinas que suportam a arquitetura de 64 bits, a migração vale a pena. O Windows 7 x64 é mais veloz que o x86 (de 32 bits) até em alguns PCs com apenas 2 GB de memória. E, quanto maior a capacidade da memória, maior a vantagem do x64.
Esses testes foram parte da extensa série de análises que serviu de base para a matéria de capa da INFO de outubro, que está agora nas bancas. Fizemos a comparação rodando o PCMark Vantage, um dos testes mais completos que usamos no INFOLAB. Ele simula operações com imagens, filmes, músicas, comunicações, jogos e aplicativos de escritório. Usamos um micro com processador Core 2 Duo E7500, de 2,93 GHz. Configurada com 4 GB de memória, a máquina foi 15% mais veloz com o Windows 7 x64 que com o x86. É um ótimo resultado, mas não há surpresa nele. Só é possível aproveitar plenamente os 4 GB de memória com um sistema de 64 bits. Com o Windows 7 x86, pouco mais de 3 GB são usados e o restante é desperdiçado.
O resultado um tanto surpreendente veio quando rodamos os testes com o computador configurado para 2 GB de memória, o mínimo necessário para usar o Windows 7 x64. Mesmo com essa configuração básica, a versão x64 foi 8% mais rápida que a x86. Há duas conclusões óbvias nesse teste. Primeiro, se o micro e os aplicativos usados são compatíveis com x64, é melhor migrar para essa versão do Windows 7. Em segundo lugar, se a máquina tiver apenas 2 GB de memória, vale a pena ampliá-la para 4 GB, já que haverá um ganho de 9% no desempenho com o Windows 7 x64.