Modelo, alternativa para momento atual, ajuda na economia de recursos e aumenta a produtividade do colaborador
A prática do home office, importada dos Estados Unidos, cresce no Brasil. E, ao que tudo indica, com a possibilidade real de racionamento de água e energia em algumas regiões do Brasil, o modelo deve saltar. Isso porque, a falta desses recursos pode resultar na dispensa de funcionários e o home office seria uma saída para minimizar medidas do tipo, especialmente em empresas de TI.
"A prática permite que companhias minimizem custos ao reduzir gasto com mobília e todo o consumo de energia, enquanto potencializa o crescimento da produtividade e do moral do empregado", acredita Patrick McKinney, vice-presidente para a América Latina da SolarWinds, fornecedora de software norte-americana.
Ele completa dizendo que economia de energia é apenas uma das vantagens. O tempo perdido por pequenos problemas de saúde e trânsito também são vistos como benéficos à produtividade. Pesquisa recente da Dell e Intel, feita com 5 mil profissionais em 12 países, comprova a tese. Entre os profissionais brasileiros que trabalham de casa, 49% sentem menos estresse, 45% dirigem menos, 33% dormem mais e 52% têm mais tempo para a família.
McKinney lembra que a tecnologia é grande facilitar do home office. No entanto, alguns recursos básicos precisam ser colocados à disposição do funcionário para que ele tenha uma infraestrutura básica que permita o trabalho remoto de forma adequada.
"Primeiro, é preciso ter uma boa internet, telefone acessível e uma boa solução VPN. Além disso, é necessário o acesso ao departamento de TI para facilitar e possibilitar suporte imediato e solucionar qualquer problema técnico", ensina. Outro item fundamental é contar com um software de suporte remoto confiável para conectar os computadores dos end-users e um software de compartilhamento de arquivos seguro para garantir a privacidade das informações da empresa.
Anderson Germano, gerente de Engenharia de Sistemas da VMware no Brasil, indica que a VMware conta com um 'kit home office' integrado à plataforma Horizon Enterprise Edition para ajudar os profissionais a ter uma experiência adequada quando estão em home office. O executivo explica que a solução conta com recursos de virtualização, portal de aplicativos e gerenciamento de dispositivos móveis.
Germano afirma que a tecnologia conta ainda com itens de segurança, preocupação crescente das empresas. "Nada está no device do usuário. Além disso, a solução tem uma única porta de conexão. Isso aumenta o controle da segurança", explica.
A Polycom também oferece tecnologias para garantir uma experiência de trabalho em casa igual ao do escritório. Segundo João Aguiar, gerente de engenharia da Polycom Brasil, as tradicionais ferramentas de videoconferência da empresa oferecem colaboração em qualquer lugar, com segurança. "O ferramental Polycom tem vários níveis de segurança e registra todas as movimentações realizadas durante as chamadas", conta.
O executivo relata que a videoconferência contribui no dia a dia, mas tem seus benefícios potencializados em momentos de crise, pois reduz custos e elimina a necessidade de deslocamento. "Uma pesquisa interna indica que 87% dos nossos clientes percebem redução de custo de deslocamento. Isso reflete em consumo elétrico, dispensa de carbono na natureza, item que afeta crise elétrica, e aumenta a produtividade", comenta.
Com o conceito de conectividade em qualquer lugar, a OpenText, fabricante de soluções para Gestão da Informação Corporativa (EIM), conta com plataformas na nuvem para garantir acesso onde quer que os funcionários estejam. "Um exemplo é o OpenText Core, tecnologia baseada no modelo que permite a estruturação de dados de maneira segura e colaborativa para conteúdos corporativos e contém recursos avançados de controle de acesso", detalha Roberto Regente Júnior, presidente da OpenText.
Sobre a segurança de acesso a documentos fora do ambiente corporativo, Júnior conta que o papel da OpenText é entender o que é relevante para a empresa proteger e então estabelecer medidas de segurança. "Esse posicionamento coloca a informação no centro da estratégia, priorizando o que realmente importa", afirma