terça-feira, 12 de novembro de 2013

Tag desenvolvida para o mercado brasileiro visa a atender, entre outras coisas, demanda do Sistema Nacional de Identificação de Veículos

Fonte: http://itweb.com.br/110412/intel-fecha-com-autofind-producao-de-tags-para-identificacao-de-veiculos/

 

De olho nas possibilidades que o conceito de Internet das Coisas traz e na necessidade de melhorar a mobilidade urbana do Brasil, a Intel fechou um acordo com a Autofind, empresa especializada em sistemas de transportes inteligentes, para produção de um sistema de identificação eletrônica de veículos. Parte desta solução consiste em uma tag baseada na plataforma WISP (Wireless Identification and Sensing Platform).

A plataforma WISP, desenvolvida pelo Intel Labs em parceria com a Universidade de Washington e com o MIT, foi adaptada para as necessidades brasileiras, em especial, para atender à demanda do Sistema Nacional de Identificação de Veículos (Siniav) do Governo brasileiro, criado para identificar de forma rápida e automática veículos inadimplentes ou que tenham algum outro tipo de anormalidade (roubo, envolvimento em sequestro, entre outros).

“O carro estará equipado com a tag, que por sua vez será lida por um portal. As informações, contudo, estarão protegidas e cruzadas com banco de dados. A solução é local e bem adaptada ao mercado emergente, onde não há grande infraestrutura, mas facilita a aplicação da lei, cobrança de pedágio, entre outros”, explicou Max Leite, diretor de inovação da Intel Brasil, ao apresentar a solução durante o Intel Press Summit, em Florianópolis (SC).

Como lembrou o executivo, ao fechar a parceria com a Autofind para fabricação da solução, em especial da tag, a Intel chega na ponta. A tecnologia da tag, especificamente, já até está em uso no Posto do Futuro, criado pela BR Distribuidora na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, para testar a aplicação de diversas tecnologias no ponto de venda. O projeto tem a Intel como um dos parceiros.

Sobre a proteção da informação do condutor ou do proprietário do veículo, Antônio Sérgio Calmon, presidente da Autofind, lembrou que cada dispositivo tem um número de identificação único e que ele não é cruzado no sistema com o nome do usuário. “O banco de dados só cruza com nome do veículo se o mesmo estiver em situação de anormalidade (roubo e sequestro, por exemplo). Essa tecnologia permite também o gerenciamento do trânsito”, comentou.

A grande aposta da Autofind está realmente no Siniav, Sistena Nacional de Identificação Automática de Veículos, que já começa a virar realidade em algumas praças (a obrigatoriedade de instalação é do Detran de cada Estado). Trata-se do plano de equipar todos os veículos no Brasil com chips a fim de facilitar o monitoramento de trânsito e criar serviços relacionados ao mercado automotivo. Calmon avisou que diversas cidades já estão com projeto em andamento, apesar das constantes idas e vindas sobre os prazos de obrigatoriedade, mas alertou que a iniciativa vai muito além da tag — passando pela infraestrutura de campo, gravação, gerenciamento, cadastro, tudo pensando na segurança do sistema.

“30% da frota paulistana é ilegal, ou seja, não pagam multa, não licenciam veículos. Se trouxer parte da fatia para legalidade, o projeto já estará pago”, calculou, ao exemplificar os benefícios que tal projeto pode trazer. “Caminhões chegam a trafegar com mesma nota fiscal até quatro vezes, e isso gera grandes prejuízos à arrecadação. Apenas na capital paulista, quatro mil antenas estão sendo instaladas, mas muito mais para gestão do trânsito da capital”, elucidou Calmon.